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Sala de notícias

COVID-19 se cruza com Black Lives Matter

23 dez 2020


Em junho, outra onda de protestos varreu a cena política global, que igualmente contesta a repressão estatal, embora com um sentido inteiramente diferente. Estamos nos referindo ao levante do Black Lives Matter contra a violência policial racista nos Estados Unidos, que deve ser situado contra o labirinto da pandemia como pano de fundo. Como se sabe, o assassinato brutal de George Floyd em Minneapolis, que provocou a revolta, está profundamente conectado às dificuldades econômicas pelas quais ele passava por causa da crise da COVID-19. O levante se sobrepôs e atropelou os protestos anti-lockdown e inspirou mobilizações em outros países, apesar das limitações impostas pela pandemia. A violência policial racista – que mais uma vez é alvo de movimentos negros americanos – é uma manifestação sempre visível da brutalidade estatal perpetrada pelos regimes democráticos liberais. Esta é a mesma violência que, em outros lugares, tem sido ativada ou facilitada pela pandemia. Por fim, e talvez mais importante, os efeitos combinados da COVID-19 e do movimento Black Lives Matter transformaram a cena política do país, criando condições para a possível derrota de Trump nas eleições presidenciais deste ano, um evento cujos significados e impactos não se limitarão ao território norte-americano.

Entretanto, sombras pairam no horizonte. Basta lembrar que, no ápice dos protestos, Trump e um senador do Partido Republicano pediram abertamente as Forças Armadas que reprimissem a multidão nas ruas, gerando críticas de vários setores, incluindo dos militares. Um recente artigo do The Nation examinou esses fatos, resgatando outros momento críticos da política contemporânea do país, tais como o 11 de setembro e as rebeliões de 1971 contra a Guerra do Vietnã, quando apelos para instalação do estado de emergência também foram feitos. O artigo sublinha, sobretudo, que as motivações de  Trump para usar os poderes emergenciais da presidência dos EUA não estão exatamente controladas. Segundo ele:

Os Estados Unidos podem estar diante de uma tempestade perfeita tão perigosa quanto o 11 de setembro: uma pandemia descontrolada, um conjunto de poderes presidenciais inexplorados, um Congresso fraco e tribunais indiferentes. O único freio que nos resta contra a presidência de Trump é o povo – seja nas urnas ou seja nas ruas.

Essa é uma equação complexa que desafia tanto o Black Lives Matter quanto outras forças progressistas na sociedade americana, mas que pode, eventualmente, ser pensada para outros contextos: como equilibrar a urgência política de ir às ruas e o imperativo de proteção mútua em contextos em que as taxas de infecção pela COVID-19 continuam subindo?

Categoria: Sala de notícias

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