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Publicações e Artigos, Recomendamos

Declaração no Dia Internacional de Ação pela Despatologização Trans 2017

7 nov 2017


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As pessoas signatárias desta Declaração são ativistas representando diferentes redes regionais de ativismo trans e iniciativas internacionais. Este ano, o Dia Internacional de Ação pela Despatologização Trans tem uma relevância particular para todas nossas comunidades ao redor do mundo: o processo de revisão e reforma da décima versão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10), longamente devido, será finalizado no ano que vem. Esperamos que a Organização Mundial da Saúde aprove uma nova CID (chamada CID-11) em junho de 2018. Durante os próximos meses, estaremos trabalhando para efetivar a despatologização trans, garantindo ao mesmo tempo o acesso pleno à saúde integral e sua cobertura. O processo técnico e político em torno da CID-11 aponta para alguns desafios críticos, como a persistência à patologização da diversidade de gênero na infância, a escassez de informações oficiais de forma transparente e a exclusão das pessoas trans nos processos de tomada de decisão. Contudo, esta edição do Dia Internacional de Ação pela Despatologização Trans em particular requer que ampliemos o foco de nossa declaração conjunta para uma reflexão sobre acontecimentos extremamente graves.

A despeito de alguns avanços importantes em relação ao reconhecimento legal das identidades de gênero, o acesso aos serviços de saúde para questões específicas da população trans ainda é condicionado por requisitos patologizantes na maioria dos países onde esses serviços estão disponíveis. Faz-se necessário lembrar, hoje mais que nunca, da conexão intrínseca entre a despatologização trans e o direito de tomar decisões sobre nossos próprios corpos com autonomia. Esta conexão não somente é negada pela persistência da patologização como requisito para acessar hormônios, cirurgias e outros procedimentos de afirmação de gênero, mas também pela desigualdade socioeconômica.

Em nível internacional, pessoas trans encontram obstáculos crescentes para acessar cuidados de saúde, incluindo-se aqueles para transições de gênero, devido à combinação letal de empobrecimento em massa, sistemas de saúde em desmonte e privatização, estigmas, discriminações e violências institucionais. Pessoas em busca de asilo, refugiadas e imigrantes têm sido severamente impactadas em diferentes regiões. Cortes orçamentários estão prejudicando também o acesso de pessoas trans a outros tratamentos, incluindo aqueles para HIV, Hepatite C, tuberculose e a remoção do silicone industrial. Neste contexto político, muitas pessoas trans estão sendo forçadas a se alistar no serviço militar, a serem diagnosticadas como tendo um transtorno mental ou físico, ou a renunciarem a seus direitos sexuais e reprodutivos para acessar recursos de saúde. Governos e meios de comunicação contribuem para a criação e reprodução da ideia de que as necessidades de saúde das pessoas trans são onerosas, privilegiadas e injustas quando comparadas com outras questões de saúde (por ex., câncer), agravando o cissexismo e transfobia.

As dinâmicas de exclusão de pessoas trans estão se intensificando dramaticamente por meio  de outras violações de direitos humanos associadas, incluindo-se a ressurreição e proliferação das chamadas terapias de ‘conversão’ e ‘reparativas’, a perseguição jurídica e religiosa contra pessoas LGBT em diferentes países e a realidade constante de violência contra pessoas trans e que vivenciam seus gêneros de maneira diversa,  junto à impunidade de seus perpetradores.

Neste Dia Internacional de Ação pela Despatologização Trans, chamamos nossas comunidades e pessoas aliadas a se reunirem em prol do acesso de todas as pessoas ao reconhecimento legal de gênero, à saúde e sua cobertura, à proteção contra todas as formas de estigma, discriminação e violência, e a reparações adequadas. Em nosso contexto, a despatologização das identidades trans não se relaciona apenas a classificações médicas, mas ao direito fundamental à vida.

Em solidariedade,

 

Mauro Cabral Grinspan

Diretor Executivo

Global Action for Trans Equality (GATE)

mcabral@transactivists.org

 

Amets Suess Schwend

Membro da equipe de coordenação

STP, International Campaign Stop Trans Pathologization

contact@stp2012.info

 

Richard Köhler

Senior Policy Officer

Transgender Europe (TGEU)

richard@tgeu.org

 

Cianán B. Russell

Human Rights & Advocacy Officer

Asia Pacific Transgender Network (APTN)

cianan.russell@weareaptn.org

 

Viviane Vergueiro Simakawa

Coordenadora de Projeto

Akahata Equipo de Trabajo en Sexualidades y Generos

msvivianev@gmail.com

 

Zhan Chiam

Senior Programme Officer, Gender Identity and Gender Expression

International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association (ILGA)

zhan@ilga.org

 

Joshua Sehoole

Gerente Regional

Iranti-Org

joshua.iranti@gmail.com

 

Faça o download da Declaração em pdf.

Categoria: Publicações e Artigos, Recomendamos Tags: Brasil, Direitos Humanos, Direitos Intersex, Direitos LGBTQ, Direitos Reprodutivos, Direitos Sexuais, Identidade de Gênero, Sexualidade

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