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Palestra Um século e meio de abolicionismo – prostituição, criminalização e controle da mulher

Originalmente publicado em Diálogos pela Liberdade.

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A ONG Davida e o Observatório da Prostituição convidam para o Ciclo de Palestras: UM SÉCULO E MEIO DE ABOLICIONISMO: PROSTITUIÇÃO, CRIMINALIZAÇÃO E O CONTROLE DA MULHER.

Esse evento refletirá sobre as tentativas de criminalizar e/ou eliminar a prostituição, visando o aniversário dos 30 anos do Movimento Brasileiro das Prostitutas e o atual Projeto de Lei do Deputado João Campos que pretende criminalizar a compra de serviços sexuais.

AGENDA:

03/08, 17:30 hs ; Fazendo Gênero, UFSC, Florianópolis.
Com Adriana Piscitelli (PAGU/UNICAMP)

07/08, 17Hs:
Cia. Pessoal do Faroeste, R. Triunfo 305, Estação da Luz, São Paulo

08/08, 14Hs: Auditório II, IFCH/UNICAMP, Campinas. Com Betânia Santos (Mulheres Guerreiras, DaVida) e Amara Moira

09/08: APROSMIG, com Cida Vieira.

11/08, 15Hs: Salão Nobre, IFCS/UFRJ, Lgo. de São Francisco. Com Indianara Siqueira (TransRevolução, Davida) e Lourdes Barreto (GEMPAC/Rede Brasileira das Prostitutas)
ENTRADA FRANCA!

PALESTRANTES:

Monique Prada nasceu em 1973 em Porto Alegre, RS, no Brasil. Ela é ativista em defesa dos direitos humanos das profissionais do sexo e uma das fundadoras (e ex-presidente) da Central Única dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Sexuais (CUTS). Atualmente é colunista da Mídia Ninja e co-editora do Projeto Mundo Invisível (que publica material sobre experiências de profissionais do sexo), bem como parte do Grupo de Acessos da Sociedade Civil de ONU – Mulheres no Brasil. Ela é participante frequente em debates universitárias e em atividades organizadas pelo Ministério da Saúde sobre DSTs e HIV / AIDs. Monique está terminando um livro que discute a relação entre feminismo e trabalho sexual, que deve ser publicado pela Veneta Editors no final de 2017.

Pye Jakobsson, é a presidenta do NSWP (The Global Network of Sex Work Projects – A Rede Global de Projetos de Trabalho Sexual), uma organização internacional para profissionais do sexo. Ela trabalhou em várias partes da indústria do sexo, mas atualmente milita como ativista dos direitos das trabalhadoras sexuais. O ativismo de Jakobson começou com sua militância em torno da questão do HIV em Portugal na década de 1980, e ela se tornou ativista do trabalho sexual em meados da década de 1990. Co-fundou a Rose Alliance, a organização nacional para profissionais do sexo da Suécia. E atualmente, Pye é ativa como coordenadora dessa organização. Ela também atuou numa variedade de organizações que promovem os direitos humanos de grupos marginalizados, incluindo o ICRSE (Comitê Internacional sobre os Direitos dos Trabalhadores do Sexo na Europa), bem como o INPUD (Rede Internacional de Pessoas que Usam Drogas). Pye é consultora da HRI (Harm Reduction International – Redução de Danos Internacional), além de conselheiro da GCWA (Global Coalition on Women and AIDS – A Coalizão Global Sobre Mulheres e AIDS). Recentemente, seu ativismo desempenhou um papel fundamental na decisão da Anistia Internacional de apoiar a descriminalização da prostituição.

Melissa “Mindy” Chateauvert é ativista e historiadora baseada em Washington D.C. e Nova Orleans nos Estados Unidos. Seu livro mais recente, Sex Workers Unite! (Trabalhadoras Sexuais, Uni-vos!) é uma história do movimento das trabalhadoras sexuais, desde Stonewall até a Marcha das Vadias e foi publicado pela Beacon Press em janeiro de 2014. Mindy lecciona sobre a organização comunitária, gênero, e sexualidade em famílias afro-americanas, o movimento negro moderno, e o trabalho sexual. Em 1976, Mindy abandonou o ensino médio e pegou carona de Iowa a São Francisco. Anos depois, ela defendeu seu doutorado em História Americana na Universidade da Pensilvânia, depois de se formar com diploma em Estudos de Mulheres da Universidade de Massachusetts na Amherst e na Universidade de George Washington. Ela faz parte do conselho de diretoria do Museu e Arquivos de Couro em Chicago e foi membro do conselho HIPS (Helping Individual Prostitutes Survive — Ajudando os Indivíduos Prostitutas a Sobreviver). Atualmente, é conselheira da Women with Vision (Mulheres com Visão), uma ONG com sede em Nova Orleans.

MEDIAÇÃO:
Ana Paula da Silva: antropóloga (INFES/UFF), pesquisadora do Observatório da Prostituição e atual presidenta do Davida
Thaddeus Gregory Blanchette: antropólogo, pesquisador do Observatório da Prostituição (UFRJ/Macaé)

Mesas:

A 1ª Mesa, que  abordou o tema “O movimento de prostitutas no Brasil: Vivências de Belo Horizonte “,  foi composta por Cida Vieira  (Presidenta da Associação das Prostitutas de Minas Gerais), Vinícius Abdala ( Psicólogo em formação, estudioso sobre prostituição e movimento lgbt), Anyky Lima (representante da Associação Nacional de Travestis e Transexuais  em Minas Gerais).

A 2ª Mesa, sobre “Modelos Legais referentes à Prostituição: Debates internacionais e nacionais”,  contou com Melinda “Mindy” Chateauvert (ativista norte-americana e historiadora do movimento das trabalhadoras sexuais), Pye Jakobsson ( presidenta do NSWP, organização internacional para profissionais do sexo), Monique Prada ( ativista, profissional do sexo e escritora) e  Thaddeus Gregory Blanchette ( antropólogo na UFRJ/Macaé e pesquisador do Observatório da Prostituição).

Foi salientada  a necessidade de uma discussão maior sobre o que é e o que tem sido a abolição, no Brasil e no exterior, e – particularmente – sobre os efeitos da criminalização da compra do sexo, implementada pela Suécia, Noruega e, agora, França.



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