A Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) e o Observatório de Sexualidade e Política (SPW) expressam a sua admiração e solidariedade à equipe do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), vinculado à Universidade de Pernambuco (UPE), que acolheu a menina de 10 anos vítima de estupro para realizar a interrupção da gravidez.
Coordenada pelo Dr. Olímpio Barbosa de Moraes, a equipe acolheu a menina de 10 anos vítima de estupro que precisava realizar um aborto dentro dos marcos legais, quando o procedimento foi negado pela equipe do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (HUCAM), vinculado à Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Além de todo o sofrimento pelo qual essa menina vivenciou, ainda teve de sofrer esses obstáculos no acesso ao procedimento que lhe era de direito. Essa situação se tornou ainda mais grave quando o caso foi repercutido por atores conservadores religiosos, que a assediaram na saída do Espírito Santo e na chegada a Pernambuco.
Como mostram os registros nas redes, o CISAM virou palco de uma encenação mesquinha e violenta, quando manifestantes contra o aborto acusavam a menina e a equipe de assassinos aos gritos na porta do hospital.
Neste contexto, a equipe do CISAM se manteve firme a sua posição e, a despeito da pressão política que sofreu, persistiu e realizou o procedimento. Como mostra a história, nos preocupam as possíveis reações que possam se voltar contra essa equipe. Precisamos demonstrar a nossa solidariedade e nos manter vigilantes sobre a segurança desses profissionais que – apesar de parecer um ato heroico – estavam somente cumprindo a lei e o desejo da menina.
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