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O debate feminista sobre o movimento #MeToo

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(Lucy Nicholson/Reuters)

O movimento #MeToo foi reiniciado depois de diversas acusações contra o produtor de cinema Harvey Weinstein virem à tona em outubro de 2017. Originalmente, a campanha foi lançada por Tarana Burke em 1997 e era direcionada a comunidades marginalizadas.

Rapidamente, o movimento explodiu, sendo “lavado” de seus marcadores sociais e de cor, reverberando ao redor do mundo e alcançando outras esferas, como o esporte, as organizações, a política, a diplomacia e até mesmo a Igreja evangélica. O SPW reuniu três depoimentos que demonstram o alcance dessa ação para além de marcadores geracionais e de gênero.

Seus efeitos tiveram como consequência demissões, processos legais e ostracização contra homens, ora por depoimentos reais e ora por acusações anônimas sobre atos menores. A crítica ao movimento também aponta que questões estruturais como o gap de gênero no trabalho não é abordado.

Mais recentemente, na ocasião da premiação do Globo de Ouro em janeiro de 2018, surgiu o movimento #TimeIsUp, que também criou um fundo para mulheres vítimas de assédio. Nesse contexto, veio à tona a tribuna encabeçada pela atriz francesa Catherine Deneuve ao jornal Le Monde, onde ela e mais 99 mulheres tecem uma forte crítica ao movimento #MeToo, acusando-o de conter uma linguagem puritana. Ela argumenta que o feminismo é sobre libertação sexual e certos conteúdos podem promover uma abordagem quase cristã ao feminismo, assim tornando-o mais suscetível de discursos totalitários. Além disso, a atriz esclarece que o desejo, o sexo e a sexualidade são passíveis de insistência e de negociações que apostam na agência feminina e não na sua vitimização.

O SPW selecionou alguns artigos em português que exploram o acontecimento e suas críticas a fim de promovermos este rico debate. Também oferecemos uma compilação em inglês e francês aqui.

‘Eu também’ reforça revolução das mulheres que responsabiliza o assediador, e não mais a vítima – El País

As mulheres que dizem não – Eliane Brum no El País

O que pode um funk? – Ivana Bentes para Revista Cult

 Globo de Ouro 2018: as mulheres de Hollywood que já não se calam – El País

“Inimigos da liberdade”: Catherine Deneuve e artistas francesas criticam movimento #MeToo – Revista Marie Claire

A polêmica carta de Catherine Deneuve e outras 99 francesas pelo ‘direito’ dos homens de cantarem as mulheres – BBC Brasil

Danuza e Deneuve: argumentos obsoletos, mas úteis – Carta Capital

Resposta a Catherine Deneuve: “Os porcos e os seus aliados estão inquietos?” – Publico

Mulheres rebatem manifesto de atriz francesa contra #MeToo – Exame

Cem artistas francesas contra o “puritanismo” sexual em Hollywood – El País

Feministas francesas a Catherine Deneuve: “Os porcos e seus (suas) aliado(a)s têm razão de se inquietar” – El País

Feministas acusam manifesto de Catherine Deneuve de “banalizar a violência sexual” – El País

Quem não precisa do feminismo? – Ivana Bentes para Mídia Ninja

Mirian Goldenberg: O tempo do sofrimento silencioso acabou – O Globo

“Eles têm razão de se inquietar”: Resposta de feministas francesas à tribuna publicada no Le Monde por Catherine Deneuve e outras criticando o movimento #MeToo – Tatiana Roque

“Entender um ‘não’ é o que marca a diferença entre paquera e assédio; ninguém quer interditar a paquera”, diz filósofa sobre carta aberta – RFI

Sem-noção, distorção e outros nãos ao manifesto de Catherine Deneuve & 99 francesas – Sapo24

O efeito dominó de Zé Mayer – Antonia Pellegrino e Manoela Miklos para Folha de São Paulo

Algumas reflexões, sem nenhuma conclusão – Dulce Ferraz

#GÊNERO&SEXO=DIFERENTE – Magaly Marques

O machismo brasileiro e as lutas básicas que ainda precisamos enfrentar – Carla Rodrigues para Projeto Colabora

Contra o habeas corpus pra macharada – Xico Sá para El País

Comentário sobre a campanha #MeToo – Alessandra Orofino

Entrevista com Raquel Varela – Programa o último apaga a luz – Rádio e  Televisão de Portugal (RTP)

Oprah, Deneuve e nós – Revista Fórum

Brasileiras falam sobre embate #MeToo x manifesto das francesas – Folha de São Paulo

“É preciso deixar de pensar que a mulher é sempre uma vítima” – Entrevista de Catherine Millet para El País

Zizek: Amor e Sexo sob o gelo dos contratos – Outras Palavras

O feminismo do tapete vermelho – Brasil de Fato

Atriz Catherine Deneuve pede desculpas a vítimas de assédio sexual – G1

Modelos acusam fotógrafo Mario Testino de cometer assédio sexual – Folha de São Paulo

Liam Neeson diz que denúncias de assédio sexual viraram ‘caça às bruxas’ – G1

Qual é a diferença entre cantada e assédio? – O Globo

Assédio ou paquera? Especialistas comentam situações que mulheres costumam vivenciar – O Globo

O assédio, a paquera e os manifestos que sacudiram o universo feminino – Jornal do Brasil

#timesup das mulheres brasileiras, por Fabíola Sucasas Negrão Covas – Agência Patrícia Galvão

Catherine Deneuve aclara su posición – OnCuba

‘#MeToo defende chance de escolha, e não puritanismo’, afirma esta pesquisadora Heloísa Buarque de Almeida para Nexo Jornal

Carta de um homen trans ao antigo regime sexual – Paulo B. Preciado, Buala

No es puritanismo, es machismo – El Periodico

Renegociação dos papéis sexuais incomoda os homens, diz Flávia Biroli – Poder 360

Relações de violência e erotismo – por Maria Filomena Gregori – Cadernos Pagu  no.20, Campinas,  2003.

Margaret Atwood faz ressalvas ao movimento #MeToo e e criticada por feministas – O Globo

Acolher e punirAlessandra Orofino para Folha de São Paulo

O que o caso Aziz Ansari nos diz sobre os relacionamentos atuais – Folha de São Paulo

Estupros, assédios, investidas e paquerasContardo Calligaris para Folha de São Paulo

“A classe dominante (masculina e hétero) não abandonará seus privilégios porque enviamos tuítes” – El País

Doce Fúria – Entrevista com Antônia Pellegrino no Estadão

Michael Haneke: O movimento #MeToo se transformou em uma caça às bruxas – El País

As mulheres mentem tanto quanto os homens – El País

Muçulmanas denunciam assédio sexual na peregrinação à Meca – El País

Monica Lewinsky revê relação com Bill Clinton à luz do movimento #MeToo – Diário de Notícias



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