Histórias, memórias, fatos, perdas, solidariedade… A trajetória dos 30 anos da ABIA confunde-se com a história da AIDS no Brasil. Figuras renomadas como Betinho e Herbert Daniel, entre outros, ajudaram a construir este legado até aqui. Foram centenas de vivências, experiências, trocas perdas e conquistas no mundo da AIDS ambientadas, compartilhadas e/ou protagonizadas pela ABIA nestes 30 anos.
Parte dessas memórias, histórias, experiências e vivências podem ser conferidas no vídeo “ABIA 30 Anos”, já disponível no site da instituição. O vídeo registrou as narrativas dos palestrantes e convidados na noite histórica do evento “ABIA 30 Anos de Luta e Solidariedade”, que aconteceu no CCBB/RJ. O material é uma fonte rica e relevante para quem tem interesse em conhecer esta parte significativa da história da AIDS no Brasil.
Sônia Correa, coordenadora do Observatório de Sexualidade e Política (SPW), por exemplo, relembrou a estratégia usada no início da epidemia para sensibilizar o movimento feminista para o tema da AIDS. “As feministas achavam que nós mulheres tínhamos outros assuntos emergenciais e que não havia espaço para discutir a AIDS”, revelou. Já Veriano Terto Jr., vice-presidente da ABIA, falou sobre o conceito de morte civil, elaborado por Herbert Daniel e Betinho: “Era a maneira de mostrar como as pessoas vivendo com HIV morriam enquanto cidadãos antes da morte física”, afirmou.
Richard Parker, diretor-presidente da ABIA, fez a apresentação dos palestrantes e um breve resumo sobre a razão pela qual o 10 de abril é considerado o dia de fundação da instituição. A jornalista e coordenadora de comunicação da ABIA, Angélica Basthi, explicou o conceito do selo ABIA 30 Anos e o lançamento do Blog comemorativo na ocasião.
Além de Parker, Correa e Terto Jr., a mesa contou com a participação de Fernando Seffner, da Faculdade de Educação (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e membro do Conselho Fiscal da ABIA e Katia Edmundo, diretora do Centro de Promoção da Saúde (CEDAPS).
A noite foi emblemática. Confira aqui!