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A política sexual em setembro e início de outubro de 2016

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Em setembro, destacamos as manifestações ocorridas por ocasião do Dia de Luta pela Descriminalização do Aborto (28/09), os efeitos da atual conjuntura brasileira sobre o tema, assim como artigos e análises sobre a data. Chamamos especial atenção para a derrubada de projeto de lei que buscava criminalizar totalmente o aborto na Polônia, feito obtido após a greve das mulheres que tomou as ruas do país. Aproveitamos a oportunidade para compartilhar o e-book “Políticas sobre Sexualidad: reportes desde las líneas del frente” (2007), organizado pelo SPW, que tem um capítulo (em espanhol) sobre a questão do aborto na Polônia como uma fonte de informação para aqueles que queiram compreender melhor a história e os debates sobre a interrupção da gravidez no país.

Outro acontecimento importante do mês foi o Fórum AWID, ocorrido na Costa do Sauípe, com o tema “Futuros Feministas: Construindo Poder Coletivo em prol dos Direitos e da Justiça”. O SPW esteve presente em diferentes momentos. Sonia Corrêa mediou a plenária de abertura e participou de sessões importantes sobre a questão do aborto e da criminalização da sexualidade. A sessão do SPW sobre “Poderes Emergentes, Sexualidade e Direitos Humanos – destinada a compartilhar ideias do projeto desenvolvido até 2015 – foi palco para debates instigantes sobre o cenário geopolítico atual e suas implicações para gênero e sexualidade. Mariana Rodrigues Meriqui, a quem agradecemos pela colaboração, escreveu sobre essas discussões. Também oferecemos as impressões de Bruna Zanolli, a quem também somos gratos, sobre as articulações entre comunicação, feminismo e gênero que o Fórum proporcionou.

No campo do trabalho sexual, o Observatório da Prostituição lançou relatório preliminar avaliando os efeitos dos Jogos Olímpicos para o comércio do sexo no Rio de Janeiro.

Temos também uma boa notícia no campo dos direitos trans. O corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sentenciou que a cirurgia para redesignação sexual, popularmente conhecida como mudança de sexo, não deve ser exigida para o nome no registro civil ser alterado.

Finalmente, enquanto o anúncio estava sendo finalizado, o referendo organizado na Colômbia para sancionar o acordo de paz assinado entre o Estado e as FARC foi derrotado pelo campo do “NÃO”. O resultado é extremamente relevante para a política latino-americana e não está desconectado da política sexual. Essa interseção foi analisada por Franklin Gil Hernandez no artigo “Justicia sexual y cultura política en Colombia”, publicado pelo SPW em julho e atualizado em agosto. Essa conexão também foi objeto de exame por Brendan O’Boyle na Americas Quarterly (em inglês). Dada a relevância do assunto sugerimos outras leituras (aqui) e ficaremos atentos aos desdobramentos políticos na Colômbia.

Recomendamos

O excelente artigo de Mark Gevisser, sobre a reunião de pesquisa promovida pelo SPW em Durban, África do Sul, em julho deste ano, para debater nosso novo projeto sobre Tendências e tensões da política sexual global no Século 21

O Novo Banco de Desenvolvimento: o tirou saiu pela culatraCarta Capital

Zika pela voz das mulheres – Mônica Mourão Lara Netto – Revista Eletrônica de Comunicação Informação & Inovação em Saúde (Reciis)

Classificar corpos, negar liberdadesopenDemocracy

Especial Camisinha Feminina: as mulheres no controle da proteçãoCatarinas

Contradições do voto feminino – Mary del PrioreFolha de São Paulo

Confira

Oportunidade de trabalho: coordenador do Programa Sul-Sul, da Conectas Direitos Humanos. Inscrições até 12 de outubro

Sexualidade e Arte

Espaço para abortar: Mujeres Creando

Dessacralizando: os “Pastéis do Aborto” de Paula Rego

Orgulho trans na Turquia: projeto Gabrielle Le Roux

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