Suprema Corte dos EUA garante a pequenas empresas negar métodos contraceptivos a funcionários em nome da liberdade religiosa; repercussão é mínima nos meios de comunicação brasileiros
A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, no final de junho, que pequenas empresas controladas por famílias têm o direito de negar o pagamento de métodos contraceptivos garantidos pelo seguro saúde a seus funcionários. A decisão foi motivada por ação movida por duas empresas familiares, chamadas Hobby Lobby e Conestoga, que recusaram-se a fornecer pílulas do dia seguinte e dispositivos intrauterinos sob o argumento de que violam suas crenças religiosas.
A utilização de métodos contraceptivos estão entre as práticas condenadas por organizações cristãs dogmáticas por acreditarem que violam o direito à vida. A decisão da Suprema Corte gerou ampla reação de movimentos de mulheres e direitos humanos nos EUA e pelo mundo, que veem na medida um ataque ao direito à saúde, aos direitos femininos e à consciência e liberdade religiosa.
No Brasil, no entanto, a decisão teve mínima repercussão nos meios de comunicação, assim como não foi seguida por uma análise crítica sobre as implicações.
O SPW reuniu artigos internacionais sobre a decisão que podem ser lidos abaixo.
Supreme Court Hands Reins to Religious Extremists (Catholics for Choice)
A Minefield of Extreme Religious Liberty (New York Times)
The Political Repercussions of the Hobby Lobby Decision (New York Times)
A Right to Contraception Without Access Is a Disaster for the Black Community (RH Reality Check)
‘Hobby Lobby’ Is Part of a Greater War on Contraception (RH Reality Check)