Caso de mulher levada pela polícia para realizar cesárea gera reações no Brasil
Uma grávida do Rio Grande do Sul foi levada de casa pela polícia para fazer cesárea, contrariando sua decisão de fazer o parto normal. Adelir Carmem Lemos de Goes, grávida de 42 semanas, tinha ido ao hospital com dores. A médica que a examinou constatou que o bebê estava sentado e que uma cesárea seria a forma mais adequada de dar à luz. Além disso, a médica argumentou que como Adelir já fizera duas cesáreas, o útero poderia se romper em caso de parto normal.
Adelir recusou-se, assinou um termo de responsabilidade e voltou para casa. A médica acionou a justiça, a juíza acatou o pedido e uma equipe da justiça foi à casa de Adelir com uma ambulância para levá-la ao hospital.
O fato repercutiu no país, mobilizando movimentos que apontam arbitrariedade e violação da autonomia da gestante. O SPW traz algumas notícias e opiniões sobre o caso.
Folha de São Paulo – Foi um desrespeito à mulher, diz médica sobre cesárea forçada
BBC Brasil – Polêmica no RS: A cesárea era mesmo a única opção?
Folha de São Paulo – Procurar a Justiça para cesárea resguardou vidas, diz obstetra
Pragmatismo Político – Arrastada por policiais e obrigada a fazer uma cesariana que não queria
Folha de São Paulo – Meu parto foi ‘roubado’, afirma mãe forçada a fazer cesárea no RS
Outras palavras – Grávida não vale nada (Poema para Adelir)
Folha de São Paulo – Maternar: Mulheres fazem protesto após justiça obrigar mãe a fazer cesárea
Folha de São Paulo – Forçar grávida a passar por cesárea não é consenso entre médicos