O cenário mundial dos direitos sexuais e reprodutivos no mês de novembro
O mês de novembro foi marcado por dois fatos de peso no cenário dos direitos sexuais e reprodutivos: o financiamento da campanha da Human Rights Campaign pelo casamento entre pessoas do mesmo sexo no mundo e o processo de discussões que culminou com a aprovação, na Câmara francesa, de projeto de lei que criminaliza clientes de prostitutas.
No início de novembro, Scott Long escreveu sobre a doação recebida pela ONG americana Human Rights Campaign de grandes financistas ligados ao partido republicano que lucram a partir de operações financeiras altamente especulativas e lesivas a países pobres e desestruturados. Esses recursos se destinam a promover direitos LGBT e o casamento entre pessoas do mesmo sexo no mundo. Segundo um dos financiadores, essa campanha é necessária para “promover os direitos de indivíduos que são presos, torturados e mortos por países ‘inimigos dos EUA’” e para garantir a estabilidade familiar e social. Para debater esse fato o SPW ouviu a opinião de acadêmicos e ativistas brasileir@s.
Na França, a Assembleia Nacional aprovou projeto de lei que criminaliza os clientes de prostituição, obrigando-os a pagar uma multa. O projeto segue agora para o Senado. Essa decisão legislativa gerou fortes discussões na sociedade francesa, onde segundo algumas pesquisas de opinião 2/3 das pessoas são contra a nova lei. Quais as implicações do projeto em termos de direitos humanos e para a vida das pessoas envolvidas na indústria do sexo? O que ele significa em um país reconhecido mundialmente por sua tradição de liberdade? Quais serão os impactos políticos globais dessa votação? O que dizem as prostitutas francesas sobre a lei? O SPW reuniu artigos em diversas publicações como forma de jogar luz sobre a discussão.
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